One Direction prova que são mais que garotos de pôster da Tiger Beat!
A One Direction desafia o estereótipo num show de duas horas e 22 músicas no ACC, Air Canada Centre, 9 de Julho.
É um grande alívio eu não ter que fazer essa crítica do show auditivamente lá do Air Canada Centre, queridos leitores.
Porque se eu fizesse, vocês nunca ouviriam uma palavra além dos gritos histéricos com sede de sangue de 13.000 fãs, facilmente empolgadas, da última sensação em boybands, One Direction, gritos agudos que facilmente levantaram o telhado do ACC algumas dúzias de metros devido a cantorias, gritarias e animação incessantes.
Difícil de acreditar que se passaram meros 17 meses desde que a One Direction fez seu primeiro show aqui, abrindo e acabando por relegar o Big Time Rush.
Eles voltaram como as atrações principais de dois shows no Molson Amphitheatre, e agora, depois que os ingressos se esgotaram com mais de um ano de antecedência, Niall, Zayn, Liam, Harry e Louis retornam para mais duas noites no Air Canada Centre, o Fanático comercial a tiracolo.
E quão gigantesco é esse Fanático? Por uns bons 10 minutos antes de um membro do One Direction colocar os pés no palco, comerciais foram mostrados em duas grandes telas na forma de locais para novas mercadorias e foram recebidos de boca aberta.
Havia espaço para bonecos do 1D (insira gritos aqui), uma fragrância do 1D (insira gritos aqui), uma divulgação com uma franquia de abastecimento de negócios para capas de caderno anti-bullying (insira alguns gritos aqui) e último mas não menos importante, notavelmente seguindo os passos do Justin Bieber, uma divulgação do filme 3D que deve chegar aos cinemas antes do Natal (sim, insira ainda mais gritos).
Podemos dizer *som de caixa registradora*?
O fato que esse cinco rapazes britânicos (Ok, quatro britânicos e um da Irlanda) juntos valem milhões depois de apenas dois álbuns e vendas de música em 30 milhões, dá créditos ao gênio Simon Cowell, o mestre do American Idol e marionetista do X Factor que juntou e trabalhou os garotos. Ele parece ter um sexto sentido quando o assunto é manipular o desejo musical do público.
Isso é um golpe contra a One Direction, que desafiou o estereótipo e corajosamente provou seu ardor como algo diferente do que seus típicos garotos de pôster da Tiger Beat em vários momentos de um show de duas horas e 22 músicas, que começou com um golpe duplo de energia com “Up All Night” e “I Would”.
Por um lado, eles todos sabem cantar, seja sozinho ou em grupo.
As músicas são tipicamente o que você esperaria – um pouco bobinhas, românticas, inofensivas, recatadas e inocentes – mas o que realmente convence a plateia predominantemente feminina, além de sua fofura, são suas personalidades individuais e coletivas.
Diferente de outras bandas, a One Direction também evita coreografias escorregadias como se eles fossem uma praga. Eles basicamente pulam pelo palco ou apenas seguem cantando e deixam as coisas de garotos bonitos para…bem, outros garotos bonitos.
Sim, houve as típicas banalidades de “Toronto é o melhor público de todos”, mas eles não estavam artificiais como geralmente acontece, pelo contrário, pareciam agradecidos. E do lado do charme não forçado, a maior arma da One Direction é…seu palco que flutua, o qual levou os garotos bem acima da plateia e os mostrou o comprimento inteiro do ACC, surpreendendo aqueles do fundo que sonhavam que apenas veriam seu membro favorito de longe em vez de tão perto.
Muitos acenos dos garotos e muitos suspiros das garotas continuaram a perpetuar o romance entre estrelas e fãs, enquanto a música ia de baladas suaves (“Over Again”, “Little Things”) para as animadas (“Rock Me”) e covers inesperados (“One Way Or Another” da Blondie e “Teenage Dirtbag” do Wheatus).
Houve grandes chamas, serpentinas e confetes caindo no final de “Kiss You”, e se seus tímpanos ainda estivessem ligeiramente funcionando, o grande bis com “Live While We’re Young” e “What Makes You Beautiful” terminou o show de verdade.
Na medida em que essas paixões seguirem, as fantasias vão continuar já que o fenômeno One Direction parece estar bem longe de se esgotar.
O próximo álbum deles provavelmente vai ser tão popular quanto os dois primeiros, Up All Night e Take Me Home, e jovens garotas vão continuar a imaginar beijos com o Harry ou o Zayn, e fantasiar uma vida juntos, beijos roubados e cercas brancas.
Então, por agora, a One Direction vai continuar na única direção que eles têm focado: para cima.
E eu vou me comunicar por semáforos e língua de sinais até que minha audição retorne.
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